quinta-feira, 12 de abril de 2012

Prelúdio a Candência de uma Estrela

Releva o dom que desencanta.

Enleva o ritmo intermitente do choro.

A vida não é mais que um sufoco.

A vida é um simples amar de novo.

De estuque e reboco, ela preza pelo oco.

Oco.

Vitalidade ao que medra a nada.

Fortitude é impotência.

Amar no sofrer demais.

Engodo urgente do viver.

:

Grita!

GRITA!

Não!? Não obedeces mais!?

Calma...

Fez tudo o que podias fazer...

Você é tudo que poderia ser...

Senta agora e esmera a inaptidão...

Vê a cadência duma estrela?

Rasga céu,

espaço,

planeta

...

Rasga o todo,

Como um convite exemplar...

Recanta o canto do perene, queda o céu em fogo, brilho e ar.

Queda o todo em resto de novo

Queda a vida em mais um pouco...

Constrói,

Reconstrói.


(destrói)

(Provoca a vida em sua própria instância...

Gargalha em sua dança...

Escárnio,

num brilho estrelado...

Cascalho,

Sobre um zombo abafado...)

...

Nessa cidade sem concreto,

De prédios solúveis no ar...

Senta,

E cerca o céu com um fixo olhar.

Caos ordena a desordem,

Sistema: ventura desritmada...

Prelúdio,

Segue a vida

Calada

...

Vinícius (de Souza) Leite Pereira

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